Era início da noite quando uma
notícia se instalou na sua fronte, não sabia se era algo inventado pela sua inconsciência
desejosa ou efetivamente uma notícia do real mundo exterior. Alcide mergulhou
num tormento desejoso de alucinações, o desejo de realidade também o condenava. A indistinção fronteiriça era ainda o que mais perturbava. A noite se erguia com
mais força e o espelho desfragmentava, conduzindo suas ações a um mundo radioso de
veracidade. A distinção se efetivava já quando corria a madrugada. A noite foi
embora e deixou um rastro de tortura. Alcide era agora uma manhã de pura
realidade. As suas ações se desfrutavam de razão, da razão pura e transcendental.
Alcide era agora nulo desejo.