sexta-feira, 23 de maio de 2014

EM ALGUM LUGAR

Antônio era um bom menino.A face era plácida, mas marcada por um fio de ruga que rasgava a testa. Seus gestos ténues denunciavam uma inconcretude, uma falta de terra. Era uma mistura heterogênea entre água e gás carbônico, era uma bolha que se formava como se tudo aquilo fosse um exoesqueleto que emanava de sua pele. Antônio ardia a face. Era um bom menino que virou do avesso. foi sugado pela própria bolha que explodia. Antônio virara borboleta. 

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